O tri da Libertadores veio com uma política muito particular de contratações: jogadores em baixa em seus clubes, praticamente a custo zero, ou livres no mercado. Foi assim com Léo Moura, Bruno Cortez e até Lucas Barrios. A necessidade fez assim. Mas após ganhar algum fôlego por conta das negociações de jogadores, o Grêmio mudou o perfil de algumas aquisições em 2018. E já fez pelo menos dois grandes investimentos neste ano: André e Marinho.

Ambos foram buscados como reforços para qualificar ainda mais o grupo tricampeão da América em posições determinantes, no entendimento de comissão técnica e diretoria. O Tricolor precisava de um centroavante para disputar a titularidade com Jael e de um jogador driblador para romper defesas adversárias, figura em falta no mercado, segundo o próprio Renato. E não poupou esforços para tê-los.

Executivo André Zanotta fala sobre investimento em Marinho (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

Executivo André Zanotta fala sobre investimento em Marinho (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)

Por André, o Grêmio pagou cerca de R$ 12 milhões ao Sport após uma longa e arrastada negociação. Por Marinho, cerca de R$ 10 milhões. Cifras bem diferentes da realidade de 2017. E só possíveis por conta das vendas de Arthur ao Barcelona, especialmente, e Bolaños ao Tijuana-MEX, mas também pelas saídas de Pedro Rocha e Walace, ainda em 2017.

– Tudo o que a gente faz, todo investimento que fazemos, é com bastante responsabilidade. A gente tem tido alguns sucessos também em venda de jogadores, e o sucesso que o clube vem tendo também, propicia esse tipo de investimento. O investimento no André, no Marinho, são jogadores e posições que eram carentes. E os investimentos foram feitos absolutamente responsáveis com as contas do clube – explicou o executivo André Zanotta.

Em 2018, o Grêmio buscou até o momento as contratações de Paulo Miranda, Madson, Thaciano, Alisson, Thonny Anderson, Hernane e André, além de Marinho. Thaciano assinou por empréstimo de duas temporadas com passe fixado. Thonny Anderson e Alisson foram envolvidos no negócio com o Cruzeiro pelo lateral-direito Edílson, com parte dos direitos econômicos cedidos ao Tricolor.

André foi outro investimento pesado do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

André foi outro investimento pesado do Grêmio (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

Madson, por sua vez, foi comprado por R$ 2 milhões, cifra relativamente baixa, enquanto Hernane rescindiu com o Bahia e chegou sem maiores custos. Paulo Miranda foi contratado junto ao Red Bull Salzburg por um valor não divulgado, mas também considerado baixo pela diretoria. Há, claro, também quantias despendidas para renovações contratuais, como as feitas com Cícero e Jael no início da temporada. Mas não se comparam às compras dos dois jogadores para o setor ofensivo.

Marinho vestiu a camisa do Grêmio pela primeira vez nesta sexta-feira, apresentado oficialmente com o número 70 às costas. André, por outro lado, ainda não deslanchou no Tricolor, apesar do investimento efetuado. Tem até o momento dois gols em 13 partidas. A partir do retorno do calendário, poderá ser inscrito na Libertadores e então brigar mais ativamente pela vaga no comando do ataque com Jael. Até o momento, foi titular no Brasileirão, enquanto o Cruel atuava em jogos pela Libertadores e Copa do Brasil.



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