Não há outra palavra no dicionário que defina melhor Grêmio e Cruzeiro (RS) pelo Gaúchão. Com um primeiro tempo forte e de alta classe, com chances claras de gol e boa movimentação, o plantel titular que estreou em 2018 na 5ª rodada do Campeonato Gaúcho fracassou.
Com a suspensão de Ramiro para os jogos da Recopa, nos dias 14 e 21, Renato foi obrigado a escolher um substituto imediato. E pela pré-temporada adiada do Tricolor Gaúcho, a escolha viria com base nos treinamentos e nos poucos jogos que anteveem as finais. Hoje foi um teste, que deixou a vaga ainda em aberto sem parecer definido.
A escolha por Madson, Cícero e Léo Moura mesmo que lógica foi fatal. Madson cometeu o pênalti, Cícero perdeu uma chance clara e pouco se situou como falso 9 e Léo Moura pouco auxiliou na armação ou na recomposição.
O Cruzeiro (RS) aproveitou sua única chance no jogo, marcou o único gol da partida e fechou a casinha.

Ainda há pontos positivos da derrota tricolor. Um deles foi Everton. Muito ativo no lado esquerdo, tabelando e se posicionando em locais estratégicos, com certeza foi o melhor jogador da partida. Ativo, rápido e esperto. Como sempre foi, mesmo que ofuscado por Pedro Rocha e mais recentemente, Fernandinho.
Outro ponto positivo foi a posse de bola tricolor. Sem Arthur a tendência era a diminuição gradativa dos toques centrais e a posse que trouxe tantas alegrias. Porém, Maicon depois de tanto tempo parado enfim “resolveu” o problema.
Dos pontos negativos, além da escolha falha dos substitutos para o time titular também vale ressaltar as mudanças equivocadas. Renato pecou quando tirou Maicon de campo. Cícero estava pior, mesmo que melhor preparado fisicamente. Lima pouco esquentou o jogo e Jael foi o que sempre foi.
Vale ressaltar, porém, que é o primeiro jogo da equipe titular do Grêmio. Dadas as proporções, com a pré-temporada curta e a corda no pescoço armada pela equipe de transição, o time lutou até o fim.
Continuamos sem vencer em 2018. Em 2016, raiva e decepção seriam nossos sentimentos atuais. Hoje, “acostumados” com a vitória, jogando bonito e com raça que o time proporcionou nos últimos dois anos, os sentimentos são mais fervorosos.
É o preço que se paga por ser Penta da Copa do Brasil e Tri da América.