Ainda sem ter renovado o contrato, que se encerra no final do ano, Renato Portaluppi deixou claro que só irá permanecer se o Grêmio tiver poder de investimento na busca por reforços de qualidade. Ao ser questionado sobre a possibilidade da direção “apertar o cinto” nos investimentos, na coletiva depois da derrota por 1 a 0 para o Flamengo, neste domingo (17), ele colocou em dúvida sua permanência caso isso ocorra.
— Eu posso garantir para vocês que o cinto não vai se fechar muito. O Grêmio sempre teve os pés no chão e vai continuar, mas o cinto não vai se fechar, não. A não ser que alguém diga que vai se fechar o cinto, mas aí eu falarei: “Não cobrem nada”. O Grêmio é grande. Eu respeito todo mundo e a hierarquia. Tenho conversado com o presidente, estamos trocando ideias. Nós não vamos abrir o cinto demais, como Flamengo e Palmeiras — comentou, e avisou:
— Eu posso garantir: se eu ficar, é que o cinto não vai se fechar. Se se fechar, pode contratar outro treinador. Não vou ficar brigando para ficar lá atrás nas competições. Nasci para vencer e sempre vou fazer o meu grupo vencedor, mas para isso é preciso ter as peças.
O QUE DIZ A DIREÇÃO?
Depois de Portaluppi falar, o vice-presidente de futebol, Duda Kroeff, concedeu coletiva e foi questionado sobre as declarações do técnico. Para o dirigente, o caminho é saber medir os investimentos.
— A grande virtude é acertar a medida exata. Porque você não pode quebrar o clube. Não adianta nada fazer um timaço durante um ano e quebrar o clube. E aí, os anos seguintes terão segunda divisão, luta contra o rebaixamento. A gente conhece isso, sabe como funciona — ponderou, destacando a necessidade de manter as contas sob controle:
— Recuperar o clube financeiramente é muito importante. Quando tem um equilíbrio financeiro, a qualquer momento você pode fazer um bom time, investir e ganhar uma competição importante. Então, o grande lance é acertar a medida exata. O Grêmio, como disse o Renato, é grande. Não pode se apequenar demais em termos de investimentos. Tem que ter uma certa ousadia, sim.