O técnico Renato Portaluppi falou em entrevista nesta sexta-feira sobre a briga por titularidade ao Grêmio. Em tom de resposta aos críticos, o treinador afirmou que tem aproveitado o começo da temporada para fazer observações sobre algumas ideias, mas deixou aberta a possibilidade de mudanças no time na sequência. Renato ainda ressaltou a necessidade de “não perder” os atletas que por ventura deixarem a equipe.
“O treinador tem que ver as características dos jogadores e o que é melhor para o grupo. As oportunidades estão sendo dadas. Algumas pessoas falam que sou teimoso e não sou. O treinador tem suas ideias e não pode mudar após 90 minutos. Tem de dar tempo ao tempo para ver se o jogador vai realizar aquilo que ele quer. Até para depois eu poder falar para o jogador ‘eu não te dei uma oportunidade, te dei várias’. Você tem que saber lidar com o grupo. Quando você tirar um jogador, não pode perder esse jogador. Tem que saber lidar com o grupo. É isso que temos aqui. Eu não perco o jogador quando tiro, eu preciso tê-lo nas mãos porque vou precisar depois”, afirmou ao ser questionado sobre a manutenção de Cícero como atacante.
Renato ainda reforçou que não tem sido teimoso ao manter algumas escolhas nas escalações. “Eu enxergo futebol e só aberto ao diálogo. No ano passado, por exemplo, queriam botar o estado do Rio Grande do Sul na minha cabeça porque eu não botava o Everton e insistia no Fernandinho. Deu no que deu, o Fernandinho fez o gol do título da Libertadores. Não sou teimoso. Sou um cara light e que enxerga o futebol”, completou.
Chance para Matheus Henrique
Quem poderá receber uma chance nas próximas partidas é o volante Matheus Henrique. O garoto, que foi destaque do time de transição no começo do Gauchão, começou a treinar com o elenco principal do Grêmio na quinta-feira. Renato elogiou o desempenho do garoto e disse que o momento é de lapidar o jogador.
“Nos jogos da transição que pude assistir ele andou se destacando. Ele está agora no grupo do Grêmio pelo trabalho que fez lá na base. Ele vem aos pouquinhos, está no profissional do Grêmio. Isso é um estágio. Aqui ele vai amadurecer e está no grupo. Amanhã ou depois surge a oportunidades e será com ele, como ocorreu com o Arthur. Quando a gente vê o jogador na base se destacando, traz e vai lapidando. Vai melhorando o que tem de bom e corrigindo. Isso é aos poucos”, apontou.
