Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio

Não é nenhuma novidade que Ramiro não tem função definida no Grêmio. Já foi volante, onde deu fluidez à saída de bola. Já foi extrema, como neste domingo, na vitória por 2 a 0 sobre o Botafogo. Já foi até lateral. Mas 2017 reserva uma realidade um pouco diferente. E saborosa. Como meio-campista mais avançado, Ramiro tem sido o elemento supresa no setor ofensivo. Mostra sua veia artilheira ao igualar Luan na lista de goleadores – ambos estão atrás apenas de Bolaños. Além disso, chega ao mês de maio com o maior número de gols na carreira

São só cinco meses do ano, mas Ramiro já acumula seis bolas na rede em 19 partidas na temporada. Aproxima-se inclusive de dobrar o número total de tentos pelo Tricolor: nos anos anteriores, havia feito oito – um em 2013, três em 2014, um em 2015, três em 2016. No Juventude, marcara duas vezes, totalizando 10 gols no futebol profissional antes desta temporada.

– Ramiro é um jogador que sempre acreditei. Não é surpresa nenhuma. Desde 2013, onde coloco, ele dá conta do recado. É valente, tem feito gols, é um guerreiro, um jogador que admiro bastante. É importante para o treinador esse jogador que joga em várias posições e joga bem, se garante – derrete-se Renato.

A polivalência de Ramiro é sempre um fator que baliza sua análise. Nesta retomada do Grêmio após 11 dias sem atuar, foi extrema pela direita, função já exercida no ano. Com Arthur na vaga de Maicon, voltou a ficar mais perto da área. Fez os dois gols da vitória contra o Botafogo – o segundo dividido com Luan, pelo desvio irregular, com a mão – e ainda perdeu outra chance claríssima, na pequena área.

Evoluiu, por assim dizer, nas suas funções ofensivas. Mais oportunista, aparece próximo à meta rival para aproveitar rebotes e também acompanhar a construção das jogadas – foi assim, por exemplo, no gol marcado contra o Novo Hamburgo, na semifinal do Gauchão.

– Estou para ajudar a equipe, seja dando passe, marcando, fazendo gols. O que importa é a equipe vencer. Desviou no Luan. Acho que ia no gol, de qualquer forma, mas desviou. É 50% do gol para cada um. Se foi no braço ou não, foi muito rápido. O que importa é que foi gol. Principal objetivo era vencer, e depois jogar de forma bonita, coesa. Acho que a gente conseguiu fazer isso aí com mérito – comentou Ramiro após a partida de domingo.



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