Quem substitui Arthur no Grêmio? Confira um raio-x dos candidatos à vaga

A tendência é a vaga cair no colo de Cícero, já escolhido em algumas oportunidades antes da parada no calendário para a Copa do Mundo. O experiente volante prefere jogar na função e conta com a confiança de Renato.

Jailson, que esteve com os dois pés fora do clube mas permaneceu, e Michel, atualmente em recuperação de lesão muscular, são as outras alternativas. Da base e com características semelhantes a Arthur, surge o também jovem Matheus Henrique.

– Nem quero, nem pretendo nunca ter (o apito). Na verdade, gostaria de ser o Renato, porque ele tem muitas boas opções, jogadores de qualidade. Estamos bem servidos, se o Arthur for realmente. Temos a peça de reposição dentro da equipe, não só uma, mas várias. Confiamos em todos os jogadores que estão aqui – opinou o zagueiro Bressan.

Abaixo, um raio-x dos postulantes à vaga:

Cícero

É o grande favorito para atuar ao lado de Maicon. Além de contar com a confiança de Renato, já atuou no primeiro semestre algumas vezes junto do capitão e enfim ocupou a função onde mais se sente à vontade. A seu favor, conta com a boa bola aérea e os lançamentos longos – foram duas assistências assim no ano. Contabiliza quatro passes para gol, além de ter marcado outros três. É mais posicionado e menos móvel.

– Cícero é mais rodado, muito técnico, tem a questão do último passe, da assistência – avaliou Bressan.

• 24 jogos
• 3 gols
• 4 assistências
• Finalizações: 42 (18 certas)
• Passes: 1.192 (1.075 certos)
• Passes longos: 112 (67 certos)
• Recuperação de posse: 127
• Média de 60% dos duelos aéreos ganhos

Jailson

Titular ao lado de Cícero no primeiro tempo do jogo-treino de quinta-feira, Jailson esteve com os dois pés fora do Grêmio. Mas o acerto com o Santos não se concretizou em transferência, e o volante permaneceu para o segundo semestre.

Apresenta características mais defensivas, embora tenha surgido como meia em outros momentos. Apesar de chegar pouco ao ataque, compensa com intensidade e mobilidade para fazer as coberturas defensivas. Assim, liberaria Maicon para jogar mais livre no campo do adversário.

– O Jailson é um jogador de muita força, com marcação, intensidade e toque de bola – disse Bressan.

• 22 jogos
• Nenhum gol
• Nenhuma assistência
• Finalizações: 6 (1 certa)
• Passes: 1.225 (1.121 certos)
• Passes longos: 47 (24 certos)
• Recuperação de posse: 144
• Média de 44% de duelos aéreos ganhos

Michel

Titular durante boa parte de 2017, Michel sai atrás na corrida por uma vaga no meio-campo do Tricolor. Primeiro, porque se recupera de lesão muscular e sequer esteve no gramado do CT Luiz Carvalho nesta intertemporada para dar toques na bola. Após passar por uma cirurgia no joelho esquerdo em setembro do ano passado, jamais retomou o mesmo nível.

Foi menos utilizado por Renato, apesar de estar em campo no Mundial, longe do auge de meses antes. Mais posicionado, se assemelha a Jailson nas características defensivas. No ataque, é arma na bola parada, pela capacidade no jogo aéreo, e com chutes de longa distância.

• 12 jogos
• 1 gol
• Nenhuma assistência
• Finalizações: 9 (1 certa)
• Passes: 449 (411 certos)
• Passes longos: 29 (16 certos)
• Recuperação de posse: 55
• Média de 45% de duelos aéreos ganhos

Matheus Henrique

Se o modelo de jogo e a ideia de ter um jogador como Arthur no meio-campo se mantiver, a vaga mais cedo ou mais tarde cairá para Matheus Henrique, 20 anos. O jovem, emprestado do São Caetano e com opção de compra com preço fixado, agrada e recebe atenção da comissão técnica.

Tem no giro e nos passes curtos sua principal característica, semelhante ao jogador vendido ao Barcelona. Como era meia na base, tem um feitio mais goleador – foram dois gols em quatro jogos no Gauchão, no início de 2018.

– O Matheus vem crescendo, tem um estilo diferente de jogo, de gostar de ficar com a bola, se apresentar. Tem muita vitalidade até pela questão da juventude – completou Bressan.