
O Ministério Público pediu explicações pela suposta presença da torcida Geral em jogos do Grêmio no Mundial de Clubes e na decisão da Recopa Sul-Americana. A torcida estava impedida no período de comparecer a partidas do Tricolor por incidentes na final da Libertadores. O Juizado do Torcedor marcou uma audiência na próxima terça-feira para o caso.
O titular da Promotoria do Torcedor, promotor Márcio Bressani, afirmou que o MP encaminhou provas ao Juizado do Torcedor da presença da torcida nos jogos nos Emirados Árabes e na Argentina. “A Geral estava suspensa pelo uso de foguetes e sinalizadores na Arena na final da Libertadores. A suspensão definida foi de 90 dias, em que a torcida não poderia usar nenhum de seus elementos em jogos do Grêmio”, explicou. “Neste período, a torcida esteve nos jogos e divulgou fotos e vídeos nos eventos em afronta à decisão judicial”, acrescentou Bressani ao Correio do Povo.
Segundo o promotor, o fato de os jogos serem fora do Brasil não tira a validade da suspensão. “A punição é vinculada a um determinado fato, que são os jogos do Grêmio. Ela não tem limitação territorial. Fazendo um comparativo com uma medida de não aproximação, caso da Maria da Penha. A pessoa fica impedida de se aproximar da outra mesmo que ela atravesse a fronteira e vá para o Uruguai, por exemplo. A lógica é a da proibição”, esclareceu.
O Ministério Público ainda não fez um pedido de punição à torcida. O promotor disse que a Geral pode apresentar pessoas responsáveis pelos atos e, dessa forma, as punições podem ser individuais.