
O Grêmio publicou, na tarde desta sexta-feira uma nota oficial se manifestando sobre a compra da gestão da Arena. O clube gaúcho diz que, a partir de hoje, adotará uma postura de aguardar as definições dos outros entes envolvidos no negócio e cobrou uma solução dos bancos (Santander, Banco do Brasil, Banrisul, Caixa e Santander) e da OAS.
O clube não desistiu das negociações e muito menos descarta efetivar o negócio no texto da nota. Mas diz que o próximo passo a ser dado rumo à gestão total do estádio é das outras partes, conforme a manifestação. A medida é uma estratégia de negociação.
– O Grêmio comunica aos seus sócios e torcedores que, após propor soluções convergentes – até o limite de suas possibilidades – passa a aguardar, a partir desta data (31/03/2017), que os demais operadores e agentes do processo (OAS, Caixa/Karagounis, Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Banrisul) assumam suas responsabilidades com vistas ao acordo – diz o texto.
O Grêmio já tem tudo acordado com os bancos financiadores do novo estádio para efetuar a compra da Arena. Mas falta a formalização do Banco do Brasil e do Banrisul aceitando o modelo proposto – Caixa, Bradesco e Santander já deram o ok. O clube entende que os bancos irão definir a situação e serão favoráveis à oferta gremista, até porque terão prejuízo muito maior se executarem a OAS dentro da recuperação judicial. O problema é a demora.
Ao mesmo tempo, o Grêmio também trabalha com outros cenários caso a compra da gestão não vá adiante. O primeiro e mais lógico seria continuar a parceria com a OAS e cumprir o contrato com a construtora, que prevê a exploração do estádio por 20 anos. O outro seria efetuar a compra da Arena a partir do leilão dos bens da OAS, em processo de recuperação judicial.
Segundo contou uma fonte do Grêmio ao GloboEsporte.com, uma oferta de R$ 224 milhões foi feita ao clube pela área do Olímpico. No local onde hoje fica o antigo estádio gremista, no bairro da Azenha, seria construído um empreendimento misto, com edifícios comerciais e residenciais – assim como planejava a OAS. A compra via leilão, inclusive, é considerada a melhor opção financeiramente para o Grêmio. Só que demoraria mais tempo para ocorrer – cerca de cinco anos.
> Confira o texto da nota:
“Em decorrência da indefinição e da falta de avanço nas negociações para conclusão e efetivação à aquisição da gestão da Arena, neste momento, podendo adiante tomar outra decisão, o Grêmio comunica aos seus sócios e torcedores que, após propor soluções convergentes – até o limite de suas possibilidades – passa a aguardar, a partir desta data (31/03/2017), que os demais operadores e agentes do processo (OAS, Caixa/Karagounis, Santander, Banco do Brasil, Bradesco e Banrisul) assumam suas responsabilidades com vistas ao acordo, incluindo as obras no entorno da Arena. Tal solução somente será concretizada pela vontade manifesta e coletiva das partes envolvidas no processo.
O Grêmio reitera e ratifica o seu anseio à aquisição da gestão plena de seu estádio, patrimônio de sua imensa torcida, orgulho de uma nação.”