De Luan ao reserva menos recorrente, o elenco de Renato Portaluppi já tem seu posto eternizado com distinções e honrarias na galeria de grandes times do Grêmio, graças às conquistas recentes, ainda frescas na mente dos torcedores. Mas que não encerram o ímpeto por mais taças. Após eliminar o principal concorrente e maior rival, Inter, nas quartas de final, os atletas mobilizam todos os seus esforços para escrever nova página vitoriosa em sua história com o título do Gauchão, inédito sob o comando do treinador.
Até porque o estadual é tratado com dose de obsessão pelos gremistas desde o primeiro ano de gestão do presidente Romildo Bolzan, em 2015. De lá para cá, o Tricolor enfileirou o penta da Copa do Brasil, o tri da Libertadores e o bi da Recopa Sul-Americana… Mas não conseguiu dar fim ao hiato de sete temporadas sem erguer o Campeonato Gaúcho. O jejum, aliás, pode igualar a maior seca do clube, de oito anos entre 1969 e 1976.
“Queremos muito ganhar o Gauchão. Eliminamos o time teoricamente e, por que não, na prática, mais forte. Eliminar o Inter, nosso tradicional adversário, evidente que anima o grupo” (Duda Kroeff, vice de futebol)
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E o caminho para a taça se desenha mais “simples”, ao menos em tese, com o triunfo nos 180 minutos dos dois Gre-Nais. Ao avançar à semifinal e derrubar o maior rival, o Grêmio também se livrou do principal adversário na disputa pelo título, sem outro concorrente com as mesmas condições financeiras e de estrutura, além da história e do “tamanho”. Ainda assim, o discurso e os esforços indicam blindagem ao elenco para evitar qualquer possibilidade de relaxamento
– Estrutura não ganha jogo, história não ganha jogo. O que ganha jogo é nas quatro linhas. Eu estou mobilizando a torcida, meu grupo. O objetivo maior e só tem esse objetivo é conquistar a vaga e ir para a final. Objetivo é buscar esse título, que não ganha há oito anos. Eu não tenho esse título como treinador. Esse é o objetivo do Grêmio, sim. Se eu falasse algo diferente, não estaria sincero. Amanhã (sábado) vou ter conversa muito séria depois do vídeo para nos mobilizarmos em termos do grupo e da torcida para ir em busca da vaga e depois do título.
O favoritismo é assimilado com naturalidade no elenco, às vésperas do primeiro duelo da semifinal, contra o Avenida, neste domingo, às 16h, no Estádio dos Eucaliptos. Os próprios jogadores se apegam ao histórico recente e nutrem cautela para assegurar o posto na final. E não apenas pelas conquistas. O revés para o Novo Hamburgo na semi do ano passado também serve de alerta.
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– Acredito que naturalmente aconteça isso pela grandeza do clube. Assim como Inter, são os dois clubes maiores do Rio Grande do Sul. Vivemos isso na semifinal contra o Novo Hamburgo. Vínhamos de título da Copa do Brasil com o grupo afirmado e acabamos saindo. O grupo está calejado e sabe disso. O discurso é de respeito total ao Avenida. Não chegou à semifinal à toa – ressalta Grohe.
O Grêmio faz um último treino em Porto Alegre na manhã deste sábado e viaja à tarde rumo a Santa Cruz do Sul. Tricolor e Avenida se enfrentam no jogo de ida da semifinal do Gauchão no domingo, às 16h, no Estádio dos Eucaliptos. A volta está marcada para a quarta-feira, às 21h45, na Arena.