Lucas Uebel / Grêmio, DVG

O Grêmio decidiu eternizar o nome de um de seus torcedores mais ilustres na Arena. Com a presença de familiares, amigos e dirigentes, o Tricolor inaugurou nesta quarta-feira um espaço destinado à memória do jornalista Paulo Sant’Ana, morto em julho de 2017 aos 78 anos.

A solenidade ocorreu horas antes do duelo entre Grêmio e Atlético-MG, pela 13ª rodada do Brasileirão. Com a presença da esposa e de um dos filhos de Sant’Ana, o presidente Romildo Bolzan Jr. desfraldou a placa que traz a mais célebre frase do torcedor: “Ser gremista é o sonho delirante de não conseguir ser na vida uma outra coisa”.

Presidente Romildo Bolzan Jr. ressaltou importância de Sant'Ana para o clube (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)

Presidente Romildo Bolzan Jr. ressaltou importância de Sant’Ana para o clube (Foto: Lucas Uebel / Grêmio, DVG)

A homenagem ao “eterno tricolor” foi inaugurada no sexto andar da Arena, onde ficam as cabines de imprensa. Em dois pilares de sustentação, foram fixados painéis com imagens e crônicas históricas publicadas por Sant’Ana no jornal Zero Hora.

Quem foi Paulo Sant’Ana

Um dos jornalistas mais populares do Rio Grande do Sul, Francisco Paulo Sant’Ana foi delegado de polícia por muitos anos em Porto Alegre, mas ficou reconhecido pelo seu fanatismo pelo Grêmio. Isso lhe rendeu convites para participar de programas esportivos na imprensa. No começo da década de 70, passou a participar como convidado do programa Sala de Redação, da Rádio Gaúcha.

Paulo Sant'Ana tinha comentário diário no Jornal do Almoço, da RBS TV (Foto: Reprodução / RBS TV)

Paulo Sant’Ana tinha comentário diário no Jornal do Almoço, da RBS TV (Foto: Reprodução / RBS TV)

Em 1971, foi contratado para escrever uma coluna esportiva no jornal Zero Hora. No ano seguinte, ingressou no quadro da Rádio Gaúcha e depois passou a atuar como colunista no Jornal do Almoço, na RBS TV.

Vítima de insuficiência respiratória e infecção generalizada, morreu no dia 19 de julho de 2017, no Hospital Moinhos de Vento, em Porto Alegre. Seu corpo foi velado na Arena e o sepultamento ocorreu no Cemitério João XXIII, com vista para o Estádio Olímpico, antiga casa tricolor. Deixou a mulher e três filhos.



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