Uma vitória em Gre-Nal costuma ser seguida de dias de bonança e tranquilidade em solo gaúcho… Mas o Grêmio mal teve margem para saborear o triunfo por 2 a 1 diante do Inter, no Beira-Rio, no último domingo, e já se vê imerso em preparativos para mais dois clássicos em vista. Ou melhor: clássicos “de verdade”. Às vésperas dos embates com o maior rival pelas quartas de final do Gauchão, o Tricolor se apega à faceta tarimbada pelos títulos recentes e ao histórico de seu elenco para traçar a estratégia de manter vivo o sonho de erguer a taça do estadual após sete anos de jejum.
“Poder voltar a ganhar é sempre importante. Mas a gente sabe que agora é o que é de verdade. Quem perder, vai ficar fora. Temos o objetivo muito grande de sermos campeões. E temos que passar por eles.” (Maicon, volante)
Com a semana livre de compromissos – ao contrário do Colorado, que teve de superar o Cianorte nesta quarta-feira, pela Copa do Brasil –, o grupo de Renato Portaluppi já respira o ambiente de tensão e concentração total que antecede o duelo de ida, neste domingo, às 16h, na Arena. E que não chega a ser inédito à maioria dos atletas do plantel, com sua base vitoriosa mantida há quase três anos.
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Há o consentimento interno de que o elenco já está tarimbado e conhece as minúcias que decidem os grandes jogos decisivos. Como o histórico e os três títulos conquistados em três temporadas – o penta da Copa do Brasil em 2016, o tri da Libertadores em 2017 e o bi da Recopa Sul-Americana em 2018 – podem atestar.
Desde que Renato assumiu o clube, a equipe já disputou 14 confrontos de mata-mata, com 12 classificações e apenas duas eliminações entre competições continentais, nacionais e estaduais. O Grêmio foi eliminado apenas por Novo Hamburgo e Cruzeiro – e nos pênaltis – no Gauchão e na Copa do Brasil do ano passado.
– O Grêmio está acostumado a jogos pesados, enfrentando até momentos difíceis lá atrás. E isso fez a diferença – afirma o vice de futebol Alberto Guerra.
> Retrospecto do Grêmio em mata-matas com Renato desde 2016:
- 27 jogos
- 16 vitórias
- 8 empates
- 3 derrotas
- 69,13% de aproveitamento
- 12 classificações
- 2 eliminações
- Avançou em 85% das disputas
Além do retrospecto vitorioso, o elenco gremista deve levar como trunfo para os dois Gre-Nais que se avizinham a estratégia já traçada para suportar embates mais fortes: tentar encaminhar a vaga no jogo de ida. Ao longo das campanhas vitoriosas da Copa do Brasil de 2016 e da Libertadores de 2017, o Tricolor construiu vantagens nos primeiros confrontos, em sua maioria, para administrar ou ampliar a margem nas partidas de volta.
No caso específico dos dois clássicos, há ainda a ausência de Pedro Geromel. O zagueiro foi convocado por Tite para os amistosos contra Rússia e Alemanha, com a Seleção, e é desfalque no duelo da volta, na quarta-feira, no Beira-Rio. Para a partida na Arena, Renato alimenta a indefinição da presença de Arthur no time.
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Grêmio se apega a histórico recente em mata-matas (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
– Quando é ida e volta, são 180 minutos. Não adianta definir um jogo só. Daqui a pouco, está perdendo de 1 a 0, tem que fazer de qualquer jeito. A gente sabe jogar. Vai ser jogo difícil, contra uma equipe de qualidade. Nosso grupo é experiente, já jogou muitas eliminatórias. Manteve praticamente a mesma base com exceção de dois jogadores. Estamos preparados para o que der e vier para fazer uma boa partida – ressalta o zagueiro Pedro Geromel.
O Grêmio volta a treinar na tarde desta quinta-feira e tem mais duas atividades previstas para as manhãs da sexta-feira e do sábado antes do clássico. O Gre-Nal 414, válido pelo jogo de ida das quartas de final do Gauchão, está marcado para o domingo, às 16h, na Arena. O clássico da volta ocorre na quarta-feira, no Beira-Rio, na quarta-feira seguinte.