“Dourado simbolizava toda a imortalidade do Grêmio”, afirma diretor de futebol do Tricolor

Saul Berdichevski lembrou que patrono abandonou a medicina para se dedicar ao clube

1 de agosto de 2017 - Às 12:02
Foto: Ricardo Giusti / CP memória

Companheiro de muitas jornadas, o atual diretor de futebol do Grêmio, Saul Berdichevski, em entrevista a Rádio Guaíba, na manhã desta terça-feira, demonstrou profundo pesar pela morte do patrono Hélio Dourado. Para o dirigente, a história do Tricolor se confunde com a histórica do clube desde 1941, quando recém-chegado de Santa Cruz, ganhou a carteira de sócio da mãe.

“O Hélio Dourado virou patrono do Grêmio merecidamente pela história que ele tem na instituição. Respeitamos todos os ex-presidentes, mas o Dourado simboliza toda a imortalidade do Grêmio”, declarou Berdichevski. “A gente costuma dizer sempre que o Grêmio é um antes de Hélio Dourado e outro depois. Por toda a história que ele fez dentro do clube com a finalização do estádio Olímpico e por todos os títulos que ele conseguiu. Sendo o primeiro presidente a conquistar o Brasileiro, o que levou ao título da Libertadores e campeão mundial. Hélio Dourado será inesquecível”, afirmou o diretor.

Saul Berdichevski lembrou ainda a luta intensa que ex-presidente fez para conseguir ampliar o estádio Olímpico. “Ele tinha uma grande afetividade pela sua segunda casa, ou quem sabe a primeira, que era o estádio Olímpico. Ele adora. Fez de tudo para que o Grêmio continuasse no Olímpico. Era um amor que a gente respeitava e que entendíamos, mas, no momento, o Grêmio teve que fazer esse tipo de mudança, como a modernidade exige das grandes instituições. Ele jamais deixou de colocar esse desejo que tinha da permanência do Grêmio no Olímpico, onde conquistamos grandes vitórias e títulos eternos”, lembrou o dirigente.

O responsável político pelo futebol gremista ainda fez questão de lembrar o carinho que o torcedor tinha com ele. E que ele tinha pelo clube. “O Hélio Dourado era uma pessoa que todo mundo idolatrado e gostava muito dele. Em todos os eventos, seja qual for, ele sempre pedia que todos cantassem o hino do Grêmio e ele iniciava cantando. Ele vai deixar uma saudade muito grande. Foi uma pessoa maravilhosa, um chefe de família e um grande cirurgião. Abandonou a medicina pelo amor que ele tinha pelo Grêmio, mas a vida fez com que ele nos desse esse presente de mudar a história do Grêmio”, destacou Berdichevski.

O velório será no hall do portão A da Arena, a partir das 15h. A cremação será às 10h de quarta-feira, no Crematório Metropolitano de Porto Alegre. Dourado deixa cinco filhos: Karin (Pupe), Luiz Fernando (Di), Helinho, Denise e Fernanda Vitória.

Trajetória no Grêmio:

1941: Sócio do Clube

1968: Conselheiro

16/12/1968 a 30/12/1969: Vice-presidente de Relações Sociais

30/12/1969 a 17/12/1970: Vice-presidente de Finanças

1971: Diretor de Futebol

1974: Diretor de Futebol

1975: Diretor de Futebol

18/12/1975 a 20/12/1976: Presidente

20/12/1976 a 06/03/1978: Presidente

06/03/1978 a 28/12/1978: Presidente

28/12/1978 a 18/12/1979: Presidente

18/12/1979 a 22/12/1980: Presidente

22/12/1980 a 21/12/1981: Presidente

28/12/1998 a 28/12/2000: Vice-presidente de Patrimônio

28/12/2000 a 28/12/2002: Presidente da Comissão de Obras

30/05/2004 a 23/12/2004: Vice-presidente de Futebol

Conquistas:

1974 – Vice-Campeão Gaúcho

1975 – Vice-Campeão Gaúcho

1976 – Vice-Campeão Gaúcho

1977 – Campeão Gaúcho

1978 – Vice-Campeão Gaúcho

1979 – Campeão Gaúcho

1979 – Campeão do Trofeu Ciudad de Rosario – Argentina

1980 – Campeão Gaúcho

1981 – Campeão Brasileiro

1981 – Vice-Campeão Gaúcho

1981 – Campeão do Trofeu Ciudad de Valladolid – Espanha

1981 – Campeão do Trofeu Torre del Vigia – Uruguai

1981 – Campeão da Copa El Salvador del Mundo – El Salvador



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