Douglas voltou. Figura marcante nos gramados, o camisa 10 também está de volta ao contexto das entrevistas. Diferenciado dentro das quatro linhas, faz o mesno nos microfones. O jogador gremista revelou que chegou a pensar em deixar o futebol após a segunda cirurgia no joelho esquerdo. Mas, bem ao estilo Douglas, explicou a razão para permanecer em atividade: o baixo nível de alguns atletas no Brasil. Também respondeu Renato e disse estar no peso ideal.
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Douglas diz que continua por conta de baixa qualidade de alguns atletas (Foto: Eduardo Moura)
Em outras palavras, Douglas disse que ainda tem “muito jogador ruim”. Por isso, irá continuar a atuar. Sua última partida oficial foi em fevereiro de 2017, pelo Gauchão. Em um treinamento, rompeu o ligamento cruzado anterior e passou por cirurgia. Quando estava quase de volta, já treinando com bola, teve um problema no enxerto do ligamento e precisou passar por outra intervenção. Foi quando cogitou se aposentar, aos 36 anos.
– Após a segunda cirurgia, chegou o momento que pensei, sim. Mas foi muito breve. A vontade de jogar era maior e acabei superando isso rapidamente – disse, antes de ser perguntado sobre a razão de seguir:
“Na realidade é que ainda tem muito jogador ruim. Não tinha por que eu parar agora”. (Douglas)
Douglas atuou três vezes nesta parada no calendário para a Copa do Mundo. Em duas oportunidades, jogou pelo Tricolor no Brasileirão de Aspirantes, contra Chapecoense e Santos, e também no amistoso de domingo, contra o Corinthians. Depois da partida, inclusive, o técnico Renato Portaluppi falou sobre o peso do camisa 10. O treinador citou que eles estava 14 quilos acima do normal ao voltar a treinar, mas agora só precisa perder “mais dois ou três”. Algo rechaçado pelo camisa 10.
– Estou no peso. O Renato pega sempre no meu pé. Eu estando gordo ou magro, ele vai falar. Durante os treinos é uma coisa, mas no jogo é completamente diferente. No começo da partida com a Chapecoense, eu fiquei um pouco perdido até em campo. Mas passou, em cinco minutos já acostumei – completou.
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Douglas atuou com elenco principal no Itaquerão (Foto: Lucas Uebel/Grêmio)
Confira trechos da entrevista
Jogos pelo time de transição
“Já subi de categoria, estou nos profissionais, a experiência foi boa, importante para ter a retomada, o ritmo de jogo, e eles me ajudaram muito. Queria agradecer também o pessoal da transição, Thiago Gomes (técnico), comissão técnica, que abriu as portas para eu poder voltar e voltar bem. A molecada trato normalmente, como se fossem jogadores do profissional, para mim não muda muito coisa, não, o contato foi bacana, legal com eles. O Thiago é muito inteligente taticamente, conhece bastante, trocamos ideias. Vai ter futuro”.
Nível físico atual
“Estou 100%, agora é só adquirir o ritmo de jogo e dar sequência. Me sinto bem, fisicamente me sinto muito bem. Acredito que aguento os 90 minutos. É o ritmo o problema maior, todo o funcionamento da partida, mas com o tempo a gente acaba ganhando isso de novo”.
Sequência de jogos
“Planejamento é o mais correto possível, é o descanso, treinar quando pode, é pouco tempo para recuperar o pessoal. Todo jogador precisa estar bem fisicamente, estar pronto, porque a oportunidade vai aparecer. O Renato e a comissão estão cuidando bem disso”.
Mudanças desde a lesão
“Não mudamos muita coisa, não. Continuamos com o toque de bola, da mesma forma que a gente vinha jogando, não vejo muita diferença, não. Se entrar, vou estar bem porque acho que não vai mudar muita coisa”.
Tempo parado
“Fiz muitas coisas, fiquei mais com a família, amigos, coisas que geralmente a gente não consegue. Consegui aproveitar bastante”.
Copa do Mundo
“Sobre a Copa, Seleção, é difícil falar, a gente fica chateado como todo mundo, mas o Tite é muito inteligente e sem dúvida vai permanecer e dar continuidade ao trabalho. Não vejo muita novidade no futebol, a gente vinha acompanhando algumas seleções, alguns jogadores que jogam pelo mundo também, não tem muita diferença”.
Luan e volta da 10
“Não precisa nem pedir (a 10 de volta), né. Sem dúvida, o Luan foi fundamental na conquista da Libertadores. Foi o Rei da América. É um jogador de muita qualidade, tem muita facilidade no drible, deu conta do recado, personalidade para isso tem. É um excelente jogador”.