Devido a lesões, Maicon vive pior temporada desde a chegada ao Grêmio

Dos 23 jogos disputados neste ano, Maicon só participou de oito

11 de maio de 2017 - Às 12:13
Foto: Lucas Uebel

O Grêmio sente falta de seu capitão. Lesionado mais uma vez, Maicon ficará fora da estreia no Brasileirão, domingo, contra o Botafogo, e vive sua temporada mais complicada desde a chegada ao clube, em 2015.

Médicos, preparadores físicos e fisiologistas tentam entender as causas da fragilidade de um dos jogadores mais importantes da equipe.

Foram três lesões. Duas delas musculares, sofridas durante treinamentos, e a outra no joelho direito, em partida contra o Veranópolis. A mais grave, na panturrilha direita, deixou o volante por um mês fora da equipe. Dos 23 jogos disputados neste ano, Maicon só participou de oito.

Por enquanto, a explicação para tantos problemas está na alta exigência da temporada. Os titulares já disputaram jogos pelo Gauchão e Libertadores e agora se preparam para começar a Copa do Brasil.

— Não detectamos nada de anormal. A temporada tem sido de alta intensidade. Mesmo que ele não tenha participado de todos os jogos, esteve em todos os treinos. E as lesões mais graves foram em treinos — diz o médico Márcio Bolzoni.

A incidência de lesões do mesmo tipo pode estar ligada a questões genéticas. Outro fator que pode provocar lesões é a perda da elasticidade da musculatura, algo natural à medida que os jogadores vão envelhecendo. No caso de Maicon, trata-se de um atleta de acentuada massa muscular e peso corporal alto, o que pode aumentar o risco.

Nenhuma dessas hipóteses é tratada de forma pública pelos médicos do Grêmio, com forma de preservação do profissional. Na prática, também se observa tal cuidado. Enquanto outros jogadores com lesão muscular já foram liberados, casos de Edílson e Gata Fernández, Maicon segue sob cuidados dos fisioterapeutas. Por enquanto, não se faz uma previsão quanto ao seu retorno.

É visível que boa parte dos problemas do time em 2017 começa na frente da área. Primeiro, pela saída de Walace, negociado com o Hamburgo-ALE. Depois, pela falta de maior assiduidade de Maicon. Foram duas baixas no setor mais estável do time pentacampeão da Copa do Brasil.

Na ausência de Maicon, Renato tem variado a dupla de volantes. Na maior parte dos jogos, usou Michel e Jailson. Mas também testou Michel e Ramiro e Jailson e Ramiro. Em todas as experiências, além de sentir a falta de liderança do capitão, o time também careceu de uma saída de jogo mais qualificada, talvez a maior virtude de Maicon.

— Ele faz muita falta. Tem bom passe, deixa os demais jogadores sempre bem colocados. Ramiro sente um pouco a falta dele — avalia o ex-volante Dinho.

Uma das lideranças do histórico time montado em 1995 por Felipão, Dinho diz estranhar que um jogador com o porte avantajado de Maicon sofra tanto com lesões.

— No meu tempo, os adversários é que saíam machucados — sorri.

Fonte: ZH



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