André Ávila / Agencia RBS

No mundo ideal, o Grêmio abriria a semana com quatro pontos ganhos e mais próximo da classificação para o primeiro mata-mata do Gauchão, as quartas de final, com tranquilidade para focar nas duas partidas contra o Independiente-ARG, pela Recopa Sul-Americana. A derrota do time titular para o Cruzeiro-RS, contudo, fez o time estagnar na penúltima posição e correr o risco de despencar para a lanterna nesta segunda-feira, caso o Novo Hamburgo empate com o São Paulo-RG, no fechamento da quinta rodada.

Ainda com o título de tricampeão da Libertadores fresco na memória, o torcedor não poderia se imaginar fazendo contas para a classificação no pouco charmoso Gauchão. Também não era essa a vontade da direção e comissão técnica, embora tanto o presidente Romildo Bolzan Júnior e o técnico Renato tratem de vender uma versão otimista da situação.

Plantão esportivo da Rádio Gaúcha, Marcos Bertoncello baseia no São José, que classificou-se com 13 pontos em 2017, sua projeção sobre quem ficará com as vagas.

— Pensando em 14 pontos para haver uma margem de segurança, o Grêmio precisaria de mais 13 pontos para obter, no mínimo, a classificação às quartas de final – diz Bertoncello.

Com isso, será preciso ganhar 13 dos 18 pontos que restam por serem disputados contra Brasil-Pel, Veranópolis, Novo Hamburgo, Juventude, São Paulo e Inter. Um agravante é que, em duas dessas partidas – Veranópolis e Novo Hamburgo – , Renato Portaluppi precisará escalar time misto, em função da proximidade de jogos da Recopa e Libertadores.

— Quem está na frente, aproveite, porque tem sete vagas e uma é do Grêmio, pode ter certeza. Estou bancando o Grêmio entre os oito. Aproveitem enquanto é momento. Daqui a pouco, cada um vai para o seu lugar – prometeu o técnico, no sábado, como forma de garantir que o rendimento da equipe irá crescer.

O problema é que, por conta da defasagem física, o mesmo Renato estima que apenas na quarta ou quinta rodada estará em condições de repetir o mesmo desempenho do ano passado. Ao defender seu time, divide a culpa com o grupo de transição:

— Sei que estamos correndo contra o tempo. Infelizmente, não começamos bem o campeonato. Então, não podemos culpar esse grupo aí. É o Grêmio total. Disputamos 12 pontos e, infelizmente, ganhamos um. Se tivéssemos ganhado quatro ou cinco, estaríamos em posição melhor na tabela.

O presidente Romildo Bolzan Júnior retira do contexto atual o caráter de dramatismo. Cita os seis jogos por serem disputados e chega admitir que, caso o Grêmio não se classifique, contará com um calendário mais folgado.

— Vejo uma preocupação natural, mas pressão não existe, absolutamente. A recuperação virá. O mais importante ea a preparação para o jogo contra o Independiente, nosso próximo desafio. Depois, vem o desafio da classificação no Gauchão – afirma.

A busca pela recuperação terá início quarta, às 21h45min, contra o Brasil-Pel, na Arena. Jael, alternativa para começar o jogo, sofreu lesão no joelho esquerdo em jogo-treino dos reservas contra o Ypiranga, ontem, no CT Luiz Carvalho. A primeira avaliação afasta risco de maior gravidade, mas o centroavante voltará a ser examinado hoje. Na vitória por 3 a 2, ele fez dois gols – Alisson completou, enquanto Fabiano e Douglas Skilo descontaram para o Ypiranga.

Jogos restantes para o Grêmio:

7/2 – Brasil-Pe (c)
17/2 – Veranópolis (f)*
25/2 – Novo Hamburgo (c) *
4/3 – Juventude (f)
7/3 – São Paulo (c)
11/3 – Inter (f)

* Usará time misto pela proximidade com confrontos pela Recopa Sul-Americana e Libertadores



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