Com a mítica camisa 4 de Carlos Alberto Torres às costas, Pedro Geromel leva sua expertise pessoal, de capitão do tri da América em 2017, para representar as cores do Grêmio – e, portanto, de sua nação – entre os convocados da Seleção na Copa de 2018. Mas o defensor não é o único gremista no atual elenco de Tite, que abriga ainda o goleiro Cássio e o atacante Douglas Costa, ambos formados no clube gaúcho.
O trio tampouco figura isolado num longo histórico que apresenta uma verdadeira legião de gremistas que defenderam o Brasil em Copas, desde a primeira aparição de atletas formados no clube – o zagueiro Noronha e o ponta esquerdo Chico, no Mundial de 1950. Distante do traumático Maracanazzo, o Tricolor se vê representado por ídolos como Renato Portaluppi, Everaldo e Alcindo, além de estrelas como Ronaldinho Gaúcho.
O GloboEsporte.com resume a história nas listas abaixo e “ousa” esboçar até uma escalação gremista em Copas:
> Seleção “gremista”
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Uma seleção possível com gremistas que defenderam o Brasil na Copa (Foto: Reprodução)
> Convocados enquanto defendiam o Grêmio
1966 – Alcindo
Titular de um ataque formado por Pelé, Jairzinho, Garrincha e Tostão, Alcindo participou de dois dos três jogos do Brasil no Mundial. A campanha, porém, foi decepcionante: a Seleção acabou eliminada na primeira fase. O “Bugre Chucro”, como era conhecido, é o maior artilheiro da história do Grêmio.
1970 – Everaldo
O lateral-esquerdo foi titular em cinco dos seis jogos da histórica Seleção tricampeã em 1970, tida por muitos como a maior da história das Copas. Não à toa, está eternizado em uma estrela dourada na bandeira do Grêmio
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Eternizado na bandeira do Grêmio, Everaldo exibe a Jules Rimet após voltar ao Brasil (Foto: Reprodução/RBS TV)
1982 – Batista e Paulo Isidoro
1986 – Valdo
2002 – Luizão e Anderson Polga
2018 – Pedro Geromel
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Geromel representa o Grêmio na Copa de 2018 (Foto: Lucas Figueiredo/CBF)
> Convocados depois de passar pelo Grêmio
1950 – Noronha e Chico
1982 – Éder
1986 – Leão
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Renato, na Copa de 1990 (Foto: Divulgação / CBF)
1990 – Hugo De León, Renato Portaluppi, Tita e Valdo
Após disputar a Copa de 1986 por seu destaque pelo Grêmio, Valdo deixou o clube em 1988, para defender o Benfica. Em 1990, foi titular das quatro partidas do Brasil na Copa da Itália, até a eliminação para a Argentina, nas quartas de final. Campeões da Libertadores pelo Tricolor em 1983, Tita e o ídolo máximo Renato Portaluppi foram meros suplentes.
1994 – Branco
O lateral-esquerdo começou na reserva, mas ganhou a posição de Leonardo após a expulsão nas oitavas de final, contra os Estados Unidos. Ao todo, foi titular em quatro dos sete jogos da campanha do Tetra. E entrou para a história com o gol de falta na vitória por 3 a 2 sobre a Holanda, nas quartas de final, com a ajuda acrobática de Romário.
1998 – Arce e Emerson
2002 – Ronaldinho Gaúcho
Antes de ser eleito duas vezes o melhor jogador do mundo pela Fifa, Ronaldinho brilhou com poder decisivo quando ainda era uma estrela em ascensão, na Copa de 2002. R10 participou de cinco das sete vitórias que renderam ao Brasil o Penta, com dois gols marcados. O mais importante deles entrou para a história: a cobrança de falta que encobriu David Seaman, no 2 a 1 sobre a Inglaterra, pelas quartas de final.
O gol de Ronaldinho na Copa de 2002 (Foto: Getty Images)
2006 – Gilberto, Ronaldinho Gaúcho e Emerson
2010 – Maicon (base), Gilberto, Michel Bastos, Felipe Melo e Grafite
2014 – Maicon (base), Eduardo Vargas e Beausejour
2018 – Baloy, Mário Fernandes, Cássio e Douglas Costa
> Convocados antes de chegar ao Grêmio
1962 – Mengálvio
1970 – Ancheta
Eleito um dos melhores zagueiros da Copa de 1970, o uruguaio Atilio Genaro Ancheta foi contratado pelo clube um ano mais tarde, em 1971, e fez história em solo gaúcho. Atualmente, seu neto defende o Tricolor e entrou em campo no Gauchão deste ano com a camisa gremista.
1982 – Edinho
1986 – Mauro Galvão e Edinho
1990 – Branco e Mauro Galvão
Zé Roberto, em ação na Copa de 2006 (Foto: Getty Images)
1994 – Zinho
1998 – Zé Roberto, Dida e Zé Carlos
2002 – Gilberto Silva e Dida
2006 – Zé Roberto, Dida, Cris e Gilberto Silva
À época um dos melhores volantes do mundo, antes de voltar à lateral esquerda em que iniciou a carreira, Zé Roberto foi titular de um meio-campo de talento puro, com o quadrado mágico, que “emperrou” na derrota para a França nas quartas de final. Ainda assim, o camisa 11 se destacou com um gol na vitória por 3 a 0 sobre Gana, nas oitavas. Dida também foi titular dessa Seleção, assim como os ex-gremistas Emerson e Ronaldinho.
2010 – Cristian Rodríguez, Gilberto Silva e Elano