
Logo após deixar o campo, na passagem para o vestiário, Arthur deu um suspiro e respondeu uma das perguntas: “ô, e que teste, viu?”. A resposta resume a maneira com a qual o Grêmio encarou o São Paulo, na vitória por 1 a 0 neste domingo, na Arena. A equipe titular entrou em campo pela última vez antes da final da Libertadores, contra o Lanús, na próxima semana, e aprovou em teste antes da decisão. No primeiro tempo, jogou com intensidade alta e uma marcação na saída de bola adversária e quando precisou se defender mais, na etapa final, mostrou saber se retrair e compactar-se em 30 metros.

A etapa inicial chegou a ser citada como “de luxo” pelo goleiro Marcelo Grohe, mero espectador, e que viria a salvar o Grêmio nos últimos minutos. O Tricolor soube controlar a bola e o São Paulo no primeiro tempo. Até porque com o avanço do time praticamente todo ao campo rival, forçou os adversários a cometerem falhas. Recuperava a bola com facilidade, embora não tenha conseguido entrar na área de Sidão.
– A gente chegou aqui (final da Libertadores) jogando futebol, e vamos deixar com a arbitragem outras questões. Vamos trabalhar de todas as formas para sair com um mínimo de vantagem – apontou Renato.
“Foi um jogo difícil, conseguimos fazer um primeiro tempo de luxo” Grohe.
Marcação alta
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A única oportunidade deixa o exemplo: Barrios se deslocou rapidamente, recebeu de Luan e devolveu na medida. O camisa 7 não conseguiu finalizar e caiu em disputa com Arboleda. Mas a troca de passes entre os dois principais jogadores ofensivos do Grêmio deu o tom do que pode servir para as decisões com os argentinos.
No primeiro tempo, o Tricolor se defendeu ao pressionar o São Paulo em seu campo. E contou também com uma ajuda do rival, meio perdido, meio sem saber enfrentar aquela situação, deixando-se levar pelo que o Grêmio queria.
No segundo, a postura paulista foi outra. O Grêmio recuou um pouco, embora tenha quase marcado com Ramiro em jogada pela direita. Quando foi pressionado, soube estar próximo para facilitar o trabalho sujo.
– Claramente, São Paulo vem melhorando, saiu do Z-4 e está brigando se pode pegar uma vaga na Libertadres. Foi um jogo importante para nós – declarou o autor do gol, Kannemann.
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Intensidade até o fim
Quando Renato resolveu mexer, Everton e Jael vieram quase juntos. A saída de Barrios do time deixou a equipe sem a bola, até por conta da postura mais agressiva do São Paulo. Ainda assim, a equipe demonstrou uma intensidade até o final, embora com uma queda se comparável ao primeiro tempo, e defendeu seu resultado com todas as forças. Quando não pôde, Marcelo Grohe o fez para manter a meta sem ser vazada.
A retomada destas características praticamente reconstrói o Grêmio nos seus melhores momentos. Fica faltando, apenas, uma maior contundência ofensiva, perdida com a entrada de Fernandinho no time pós-venda de Pedro Rocha ao Spartak Moscou. Contra o São Paulo, por exemplo, o time foi muito sério e dominou, especialmente no primeiro tempo, a bola. Mas criou apenas uma chance, além do gol. No segundo, Ramiro e Everton ficaram cara a cara com Sidão, mas pararam no goleiro.
A vitória, mesmo por um placar mínimo, deixou os gremistas satisfeitos para o duelo com o Lanús. Na próxima rodada do Brasileirão, um time reserva irá enfrentar o Santos, na Vila Belmiro, no domingo. Nem Renato estará no estádio – ficará em Porto Alegre para não perder dois treinos com os titulares antes da viagem. A reapresentação ocorre nesta quinta, no CT Luiz Carvalho.