Com pior defesa, Grêmio entra no Z-2 e liga alerta para gols sofridos no fim

Um filme repetido passou nos tricolores na noite de quarta-feira. Mais uma vez, o time saiu à frente do placar, falhou na bola aérea, levou virada, tomou gols nos acréscimos da etapa final e saiu com um resultado negativo na derrota por 3 a 2 para o Avenida.

O resultado de mais um insucesso é ainda não contar com uma vitória sequer na competição. Soma apenas um ponto e só está à frente do Novo Hamburgo na tabela. A situação já causa incômodo. Os gols sofridos após os 45 minutos do segundo tempo também incomodam.

– Eles (jovens) estão aumentando o período de bom jogo. Fizemos uns 60 minutos bem. Temos que manter a concentração até o final e terminar jogando bem – afirmou o técnico César Bueno.

Na estreia, Ronaldinho Gramadense deixou tudo igual aos 46 minutos do segundo tempo, no empate em 1 a 1 com o São Luiz. Na derrota por 5 a 3 para o Caxias, Daniel Cruz deu números finais aos 49, enquanto em Santa Cruz o Avenida garantiu os três pontos aos 48. Ou seja, três pontos ficaram pelo caminho após o tempo normal.

“Em duas partidas, perdemos aos 45, 46. Nos liga o alerta para reter a bola, ter mais tranquilidade. Não é inexperiência, mas uma questão de jogo. Foi uma fatalidade perder o jogo aqui. O empate seria justo”. (Romildo Bolzan, presidente do Grêmio)

Para completar, o Grêmio não consegue estancar a sangria defensiva. Já são nove gols sofridos, o que dá uma média de três por jogo. A equipe tem a pior defesa do estadual. César reconhece que é um número delicado, mas valoriza os seis marcados.

– Precisamos ter calma na avaliação da equipe. Claro que o número é elevado, mas fizemos em todas as partidas – contemporiza o treinador.

O mandatário também tratou de amenizar a situação. Romildo entende que há garotos com muita qualidade e que, no futuro próximo, agregarão ao grupo principal. Tanto que, mesmo com o começo claudicante, mantém o projeto de seguir com o grupo de transição.

– O time tem muitos valores jovens. Seria um equívoco nosso não observar os méritos destes jogadores. Estamos conscientes. A estratégia é essa e avançaremos. Chegará a hora deste time vencer e conquistar os resultados. A torcida não tem que se assustar. Estamos convencidos que o projeto está correto – comentou Bolzan.

O dirigente segue otimista. Com o planejamento estabelecido, deixa de lado a primeira posição da fase de grupos, ou mesmo ficar entre os quatro. O objetivo é garantir uma vaga às quartas de final do Gauchão.

“O que importa é chegar entre os oito. Depois será outro campeonato. Temos que avançar. Quando esse grupo ganhar uma partida, terá uma confiança maior. É o risco que sabíamos que correríamos”. (Romildo Bolzan)