Dois dos reforços recentes contratados pelo Grêmio dividem a nacionalidade: são colombianos. Mas não são os únicos dentro do clube gaúcho. Outros três atletas no time sub-20 também são da Colômbia e agora vislumbram os conterrâneos como um espelho para o futuro.
Borja, autor do gol da vitória sobre o Flamengo e já artilheiro no Brasileiro, e Campaz chegaram ao Grêmio como reforços para a equipe de Felipão. Mas no clube já havia o centroavante Kevin Quejada, o volante Velasco e o meia Rivas, também colombianos.
Velasco já teve contato com os dois reforços contratados. Conheceu o meia em um almoço e também já marcou de conversar pessoalmente com Borja, que atuou no Cortuluá na Colômbia, mesmo clube de origem do jovem.
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Borja e Campaz, colombianos do Grêmio — Foto: Eduardo Moura
Quejada e Rivas ainda não tiveram contato mais próximo com os dois compatriotas, mas o centroavante trocou mensagens com Campaz. Aliás, o camisa 7 gremista é poucos anos mais velho do que os colegas. Velasco e Quejada nasceram em 2002, enquanto Rivais é de 2001. Campaz nasceu em 2000.
É unanimidade entre o trio, no entanto, que o fato do clube ter colombianos no grupo principal vira combustível na hora de pensar em oportunidades no futuro.
— Para mim é muito melhor, por que com eles no time principal, já sei que quando eu for lá já tenho com quem falar na minha língua e quem pode me ajudar em uma possível adaptação ao trabalho no profissional — opinou Velasco.
— Acho que a chegada deles mostra o interesse que o time tem pelos jogadores estrangeiros, ainda mais quando eles são colombianos, aí abre mais uma porta e da mais confiança pra continuar buscando uma oportunidade no time principal — apontou Quejada.
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Velasco, volante do sub-20 do Grêmio — Foto: Rodrigo Fatturi/Grêmio
— Tê-los na equipe principal nos motiva mais a trabalhar e saber que também podemos estar na equipe principal um dia, além de abrir as portas para outros estrangeiros poderem ter a oportunidade de vir ao clube. Já fiz contato com eles, procuro mandar mensagem para eles — completou Rivas.
No momento, Borja vive melhor momento. É titular e tem quatro gols pelo Tricolor em nove partidas, o que o tornou o artilheiro gremista no Brasileirão. Campaz ainda está em fase de adaptação e aguarda mais chances para atuar apesar do alto investimento feito.
Aliás, o Grêmio precisa pagar US$ 2,75 milhões (R$ 14,5 milhões) para ficar em definitivo com 50% dos direitos do centroavante. O Tricolor tem até dezembro para exercer essa preferência – se algum interessado aparecer em 2022, o clube gaúcho tem possibilidade de fazer a contratação antes. No momento, há a intenção de permanecer com o centroavante, mas a situação só vai ser resolvida no fim da próxima temporada.
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Kevin Quejada, centroavante colombiano do Grêmio — Foto: Rodrigo Fatturi/Grêmio
Velasco foi recentemente adquirido em definitivo pelo Grêmio, que pagou cerca de US$ 250 mil (R$ 1,2 milhão) ao Cortuluá-COL e ficou com 70% dos direitos econômicos do volante. A expectativa da base gremista é colocar o volante colombiano em dois anos na equipe principal, se mantido o rendimento atual, e valorizá-lo.
Quejada e Rivas ainda estão em um formato de parceria entre os clubes, muito comum na base com divisão de um percentual dos direitos. O centroavante era titular até alguns jogos atrás, mas perdeu a vaga no Brasileirão da categoria.
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Rivas, meia colombiano do Grêmio — Foto: Rodrigo Fatturi/Grêmio
O Grêmio tem Gustavo Marrone, observador de mercado para as categorias de base, na Colômbia para buscar talentos no continente. No total, no Brasil e em outras regiões da América do Sul, são nove profissionais para observar jovens e aproveitar oportunidades de negócio para o Tricolor.
No elenco principal, além da dupla colombiana, o Grêmio tem o zagueiro Kannemann e o centroavante Churín da Argentina e o volante Villasanti do Paraguai. Na base, ainda há o meia Mateo, uruguaio, e o atacante Ganael, do Haiti.