Melhor defesa do Brasil, temida por atacantes adversários, quase intransponível e ainda com um zagueiro de seleção. Tão elogiado, o sistema defensivo do Grêmio sempre foi uma das maiores qualidades do time de Renato Portaluppi. Nos últimos jogos, no entanto, a equipe acabou vazada no momento mais delicado: os confrontos em mata-mata. Mesmo assim, conta com saldo para lá de positivo no ano.
Para se ter uma ideia, o Grêmio é dono da melhor defesa do Brasileirão e foi o time menos vazado na fase de grupos da Libertadores. Na derrota por 2 a 1 diante do Estudiantes, no entanto, acabou superada duas vezes pela primeira vez em um jogo da competição.
Com a derrota, o Tricolor terá a obrigação de balançar as redes na Arena, no duelo de volta, para se manter na rota do tetracampeonato. O discurso, porém, é de confiança total para o confronto em Porto Alegre.
– O primeiro gol (do Estudiantes) foi um golaço, chute indefensável. Mas o importante é que o Grêmio sai vivo. O Grêmio não vai fazer a primeira partida fora e ganhar sempre. Não é fácil vir aqui (na Argentina), jogar e ganhar. O mais importante, apesar da derrota, o Grêmio está vivíssimo. A outra partida vai ser diferente. Vamos trabalhar bastante para reverter o placar. Isso vai acontecer – destaca Renato.
/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2018/08/08/whatsapp_image_2018-08-08_at_00.16.43.jpeg)
Renato e Kannemann em entrevista coletiva na Argentina (Foto: Eduardo Moura)
O gol anotado fora de casa foi primordial para aumentar a confiança do time gaúcho. Para avançar de fase, o clube precisa de uma vitória simples por 1 a 0, graças ao saldo qualificado. Se devolver o 2 a 1, a decisão vai para os pênaltis. Triunfos por um gol de diferença a partir do 3 a 2 classificam os argentinos.
Oscilação após o Mundial
Marcelo Grohe chegou a ficar sete jogos sem sofrer gol mesmo sem Geromel, durante o período de preparação para a Copa do Mundo. Independentemente das peças na zaga, o Tricolor sempre manteve o setor como um dos expoentes do time.
A pausa para o Mundial da Rússia, no entanto, não foi boa para o Grêmio. Em sete partidas desde a volta do calendário, somou três vitórias, duas derrotas e dois empates, um aproveitamento de 52%. Nos últimos cinco jogos, aliás, a equipe sofreu cinco gols.
O ambiente se tornou pesado, especialmente, após dois jogos: derrota para o Vasco por 1 a 0, no Rio, pelo Brasileirão, e empate em 1 a 1 diante do Flamengo, na Arena, pela Copa do Brasil. Em ambas as situações, Renato deixou o gramado indignado com os gols sofridos no início e no fim das partidas, respectivamente.
/s.glbimg.com/es/ge/f/original/2018/07/22/geromel_e5DqnzU.jpg)
Tricolor teve má jornada contra o Vasco (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)
O próprio Geromel, tão elogiado reiteradamente, chegou a cometer falhas impensáveis para ele. No dia em que completou 200 jogos pelo Grêmio, por exemplo, admitiu falha no gol do São Paulo, pela 15ª rodada do Brasileirão. No entanto, o Tricolor venceu a partida de virada por 2 a 1.
Balanço positivo
A defesa do Grêmio segue com gordura de sobra, assim como nos últimos anos, sob comando de Renato Portaluppi. Em 17 jogos do Brasileirão, por exemplo, sofreu apenas oito gols – média de 0,47 por jogo.
O pior aproveitamento do clube gaúcho no setor aconteceu durante o Gauchão. Mas com uma ressalva: o Tricolor teve time alternativo nas primeiras rodadas do estadual (confira os números abaixo).
Recorde da temporada
- 7 jogos sem sofrer gol
No total
- 46 jogos
- 34 gols sofridos
- 0,73 por jogo
No Brasileirão
- 17 jogos
- 8 gols sofridos (melhor defesa)
- 0,47 por jogo
Na Libertadores
- 7 jogos
- 4 gols sofridos
- 0,57 por jogo (melhor defesa da fase de grupos)
Copa do Brasil
- 3 jogos
- 2 gols sofridos
- 0,66 por jogo
Gauchão
- 17 jogos
- 19 gols sofridos
- 1,11 por jogo