Prestes a estrear pelo Grêmio, Miguel Borja reencontrou o técnico Luiz Felipe Scolari em seus primeiros dias no CT Luiz Carvalho com sorrisos, abraços e muita conversa. Mas poucas são as lembranças positivas de quando trabalharam juntos no Palmeiras. O centroavante chegou a ficar afastado do elenco alviverde em 2019. Agora, surge como uma das “soluções” do Tricolor, nas palavras do chefe.
Primeiro, porque Borja será a esperança de gols na briga contra o rebaixamento no Brasileirão, com Diego Souza e Diego Churín ainda em recuperação de lesões no departamento médico. O garoto Ricardinho ainda inspira pouca confiança e deve retornar ao banco de reservas.
Em meio aos opostos de cada época, o ge apurou que Borja e Felipão nunca tiveram rusgas ou brigas durante o período em que trabalharam juntos no Palmeiras. A relação sempre aparentou total profissionalismo.
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Borja e Felipão na academia do CT Luiz Carvalho — Foto: Lucas Uebel/Grêmio
Borja ainda é a contratação mais cara da história do Verdão, que pagou cerca de R$ 40 milhões ao Atlético Nacional, da Colômbia, para contratá-lo em 2017. O melhor momento ocorreu sob o comando de Roger Machado, no primeiro semestre de 2018.
Mas o atacante precisou parar por conta de uma lesão, e seu retorno não foi dos melhores. Aos poucos, perdeu espaço. Scolari assumiu durante o Brasileirão daquele ano e preferia Deyverson para os jogos mais decisivos.
Na temporada seguinte, em 2019, o cenário para Borja só piorou. O centroavante parou de ser relacionado por Felipão, ficou pouco mais de um mês sem atuar e chegou a treinar numa academia particular.
— Felipão chegou ao clube após a Copa do Mundo, quando Borja se recuperava de uma cirurgia no joelho, mas o início do trabalho dos dois foi bom, com gols importantes. Na sequência da temporada, porém, Deyverson ganhou a preferência do treinador pelas características de jogo na campanha do título do Brasileirão. Borja alternou momentos como titular e na reserva, mas nunca foi uma unanimidade — comenta Felipe Zito, setorista do Palmeiras no ge.
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Luiz Felipe Scolari e Borja no Palmeiras — Foto: Marcos Ribolli
Recomeço na Colômbia
De 2018 a 2019, Borja foi utilizado por Felipão em 34 jogos como titular e três saindo do banco de reservas. Ao todo, marcou 10 gols.
Pouco utilizado, Borja começou a vislumbrar um futuro longe de São Paulo. O destino seguinte foi um empréstimo para o Junior Barranquilla, onde ficou de dezembro de 2019 até junho de 2021.
De volta à terra natal, o atacante retomou as boas atuações e balançou as redes 35 vezes em 59 partidas. Após defender a seleção da Colômbia na Copa América deste ano e o fim do período de cedência ao Junior, se reapresentou no Palmeiras nas últimas semanas, que optou por emprestá-lo novamente.
Na terça-feira passada, quando desembarcou em Porto Alegre para assinar com o Grêmio, Borja ouviu de Felipão que seria uma das soluções na luta contra o rebaixamento. Mas o técnico também destacou o retorno de jogadores lesionados para a sequência da temporada.
Confira as primeiras imagens de Borja treinando no CT Luiz CarvalhoBorja é uma das soluções. Sim, nos ajuda. Mas o que vai mais nos ajudar são os jogadores que estão no departamento médico.— Felipão após classificação na Copa do Brasil
O treino deste domingo deve confirmar Borja no comando do ataque do Grêmio contra a Chapecoense na segunda-feira, pela 15ª rodada do Brasileirão. A partida está marcada para as 20h, na Arena. O Tricolor é penúltimo colocado com sete pontos. A Chape é lanterna, com quatro.