Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação

A decisão escorria em seus minutos finais, já nos acréscimos e a vaga parecia escapar pelas mãos do Grêmio… Até Luan acertar um cruzamento predestinado na cabeça de Alisson para transformá-lo num dos heróis da classificação às quartas de final da Libertadores com vitória por 2 a 1 seguida de triunfo nos pênaltis sobre o Estudiantes. Quatro dias mais tarde, o camisa 7 volta a servir o mesmo companheiro para mais um gol, à sua característica, em chute da entrada da área, na vitória por 4 a 0 sobre o Botafogo, pelo Brasileirão.

Os dois lances descritos acima evidenciam a dobradinha afiada da dupla e ilustram bem o crescimento recente de Alisson no elenco gremista, após se recuperar de longos 80 dias de ausência devido a uma lesão muscular. Com boa dose de paciência, o atacante soube esperar uma nova leva de oportunidades com Renato Portaluppi. As retribuiu com o protagonismo que o faz ser a opção provável do treinador para a ausência de Everton, convocado pela Seleção.

Alisson cresce no Grêmio na parceria com Luan (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

Alisson cresce no Grêmio na parceria com Luan (Foto: Lucas Uebel/Divulgação Grêmio)

E graças à ajuda de Luan, seu amigo de longa data. Ao todo, Alisson anotou três dos seus sete gols em 2018 após assistências do camisa 7.A afinidade da parceria entre os dois é antiga e nasceu antes mesmo de o mineiro chegar a Porto Alegre nos primeiros dias de janeiro.

Alisson e Luan nutrem amizade desde 2015, quando ambos foram convocados por Dunga para a seleção brasileira sub-23, que se preparava para os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro. Apenas o camisa 7 esteva na equipe campeã olímpica no Maracanã, mas o laço entre os dois perdurou. Prova disso é que Alisson manifestou sua ansiedade de reencontrar e atuar ao lado do amigo logo que desembarcou na capital gaúcha.

A sintonia da dupla em campo foi imediata e rendeu frutos logo no segundo jogo da equipe principal em 2018, a vitória por 2 a 1 sobre o Brasil de Pelotas, pelo Gauchão, em 7 de fevereiro. E também com contornos decisivos. Na ocasião, Alisson deixou o banco de reservas para anotar o primeiro gol do ano sob o comando de Renato Portaluppi e abriu caminho para a virada gremista na Arena. O atacante dominou na entrada da área e finalizou sem chances para Marcelo Pitol. Fez tudo isso após assistência de Luan.

A relação é de mão dupla. Com sua efetividade, Alisson contribui com os números de Luan na temporada. Com os dois passes para gols nos últimos dois jogos, o camisa 7 assumiu a liderança da equipe em assistências em 2018. São 10, a mesma marca alcançada em 2017, quando foi eleito o Rei da América na conquista da Libertadores.

O momento atual consolida ainda a volta por cima de Alisson. Após sentir uma lesão muscular na coxa esquerda na vitória por 2 a 1 sobre o Monagas, ainda em maio, o jogador só voltou a ficar à disposição no começo de agosto. E teve de superar a concorrência do recém-chegado Marinho para estar em campo.

– O Alisson é um cara nota mil, chegou com credenciais após ter sido campeão da Copa do BRasil com o Cruzeiro. Ele dispensa comentários. Sofreu um tempo por algumas questões físicas. Mas está 100% e tem demonstrado isso em campo. Quanto mais jogadores em alto nível, só o Grêmio tem a ganhar – afirma Ramiro.

Com a dupla em alta, o Grêmio segue a preparação para pegar o Santos com um treino na tarde desta terça-feira, no CT Luiz Carvalho. As duas equipes se enfrentam às 19h da quinta-feira, no Pacaembu, pela 23ª rodada do Brasileirão.



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