
O bom futebol, a vantagem construída com o 1 a 0, no estádio Monumental de Núnez, e o retrospecto contra o River dão ainda mais confiança para o Grêmio no jogo que definirá um dos finalistas da Libertadores 2018. Os dois clubes se enfrentaram 18 vezes por várias competições e amistosos nos 47 anos do confronto e o Tricolor venceu 10 vezes, contando a partida da última terça-feira, perdeu seis e empatou duas.
No atual formato da Libertadores, foram três jogos com 100% de aproveitamento para o Grêmio. Em 2002, sob o comando de Tite, o Tricolor venceu fora de casa com gols de Tinga e Gilberto. Na volta, no Olímpico, 4 a 0, Rodrigo Mendes, Luizão, Zinho e Luís Mário marcaram. Os comandados do atual técnico da Seleção foram até as semifinais e acabaram desclassificados nos pênaltis pelo campeão da edição, o Olímpia, do Paraguai. O terceiro jogo foi o que terminou com gol de Michel e com a vantagem gremista.
Outra dado favorável ao Grêmio se dá nos confrontos contra brasileiros em fases mata-matas. Até a atual disputa foram 23, com 12 avanços de clubes do país contra 11 do argentino. Além da Libertadores 2002, o River enfrentou o Tricolor em fases eliminatórias em outras três oportunidades pela Supercopa Sul-Americana, competição que teve a última edição em 1997 e foi substituída pela Mercosul, que, posteriormente, passou a se chamar Sul-Americana.
Nesta competição, o River leva vantagem com dois avanços contra um do Grêmio. Em 1988 e 1991, os argentinos passaram. Em 1989, sob o comando de Cláudio Duarte, Adilson Heleno, também com um gol na derrota por 2 a 1 na Argentina, e Kita garantiram a passagem para as quartas de final.
Os argentinos têm um retrospecto favorável na atual edição, não perderam fora de casa, mesmo com confrontos complicados. Empatou com o Flamengo, no Maracanã, em 2 a 2, venceu o Emelec, por 1 a 0, no Equador, e o Santa Fé, na Colômbia, pelo mesmo placar, na fase de grupos. Nas oitavas, empatou em 0 a 0 com o Racing. Nas quartas, com o mesmo resultado, saiu incólume dos confrontos contra o Independiente, em Avellaneda.
Entretanto, em nenhum dos jogos obteve o placar necessário para passar direto pelo Grêmio durante os 90 minutos. Se repetir o placar contra os equatorianos e colombianos, a decisão será nas penalidades máximas. Apesar de todos os retrospectos favoráveis, Renato Portaluppi prega respeito ao adversário e concentração máxima para avançar para a final.
“O Grêmio está na próxima fase? Não, o Grêmio não está na outra fase. Teremos mais um jogo difícil, mais 90 minutos, mas não devemos menosprezar o resultado na Argentina”, afirmou Renato Portaluppi. “A pequena vantagem é muito importante, pois marcamos fora de casa e não tomamos. Agora, vamos esquecer dela e jogar para vencer o River na Arena”, complementou.
O Grêmio venceu todos os jogos em casa que disputou na atual Libertadores. Na estreia, Monagás, 4 a 0. Na sequência, 5 a 0 sobre o Cerro Porteño, do Paraguai. E encerrou a primeira fase, com um 1 a 0 sobre o Defensor. Nas oitavas, 2 a 1 sobre o Estudiantes e passagem garantida com um 5 a 3 nas cobranças de penalidades máximas. Nas quartas, 4 a 0 sobre os argentinos do Atletico Tucumán.
Após retornar a Porto Alegre na quarta-feira com recepção da torcida, os jogadores foram liberados e se reapresentam nesta quinta, às 15h30min, no CT Luiz Carvalho. O próximo confronto do Tricolor é contra o Sport, no sábado, às 16h30min, na Arena. A partida de volta contra o River está marcada para terça-feira, às 21h45min, também no estádio gremista.